O desafio está lançado: buscar
100 mil assinaturas para o Manifesto em Defesa da Renovação das Concessões das
Empresas Públicas de Energia Elétrica. A proposta foi feita pelo presidente do
Grupo CEEE, Gerson Carrion, durante a primeira reunião da Frente Parlamentar
que defende o mesmo tema, nesta terça-feira, 15, na Assembleia Legislativa.
“Vamos começar pelas entidades que representam os nossos trabalhadores;
conclamo cada uma delas a buscar cinco mil assinaturas até metade de outubro,
multiplicando essa causa não só internamente, mas também entre as pessoas de
suas relações”, sugeriu Carrion.
Os parlamentares da Frente que
participaram da reunião defendem que a ação seja firme, de forma a extrapolar
os limites do Rio Grande, chegando aos estados. Os deputados afirmaram que esta
é uma causa de Estado, “para impedirmos que volte a ocorrer o que já foi feito
em relação à CEEE. É preciso mostrar à sociedade a importância de uma empresa
pública garantir um serviço essencial”, priorizando a população e não as exigências de mercado. Com isso, eles esperam
convencer as pessoas a assinarem o documento, conscientes de que estão lutando
por uma causa justa.
Diversas entidades participaram
da reunião e receberam suas cópias do manifesto para que colham as assinaturas.
Aquelas que não compareceram receberão em suas sedes o documento. Entre as
lideranças presentes, se manifestaram representantes
do Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio do RS (Sintec), Fundação
CEEE, Associação dos Técnicos da CEEE (ATCeee), Sindicato dos Engenheiros
(Senge), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA), Associação
dos Técnicos da Corsan e Uniproceee.
A próxima reunião, que fará um
balanço deste primeiro mês de coletas de assinaturas e programará novas ações –
como um seminário envolvendo as outras empresas públicas e uma audiência
pública para discutir o assunto – deverá ocorrer na metade de outubro.
Gerson Carlos Lima Vilar
(Sintec):
“Sempre fomos parceiros no intuito de preservar a CEEE como empresa
pública. É um anseio dos colegas, que já nos procuraram para assinar o
manifesto. Podemos promover uma ação para isso.”
José Joaquim Fonseca Marchisio
(Fundação CEEE)
“É extremamente importante mobilizar a sociedade para este tema tão
relevante. Na minha terra, Alegrete, as pessoas manifestam saudade da CEEE. Se
não houver ação intensa e coesa dos agentes a mercê do mercado, já sabemos qual
o resultado; e será o tiro final. Tem que se preservar este patrimônio.”
Marco Adiles Moreira Garcia
(ATCeee):
“Precisamos preservar os recursos naturais e não permitir que eles
sejam controlados por um mercado que não tem autorregulação. A importância da
empresa pública está não em sua existência em si, mas no papel social e na
responsabilidade com o futuro da população que ela precisa ter.”
Luiz Schreiner
(Senge):
“Tenho muita satisfação em ver o parlamento se engajando nesta luta,
que é de toda a sociedade gaúcha. O Sindicato continua à disposição da
Assembleia e da CEEE para seguir este movimento.”
Joel Fischmann (CREA):
“Temos um histórico de lutas em defesa das empresas do Grupo CEEE e
alertávamos para o processo de desvalorização da Companhia que se desenhou e só
não acabou com a Empresa, mas prejudicou muito. Vamos partir para as ações
concretas de coleta das assinaturas.”
João Luís Martins Collar
(Fundação CEEE):
“É bom lembrar do perigo do estado mínimo e que isso pode representar
para a sociedade e para as vidas que estão envolvidas nesta Empresa,
especialmente a CEEE Distribuição, que é a maior das três empresas do Grupo
CEEE.”
Rodrigo Henrique Costa Schley (Uniproceee):
“Este é um passo importante para criar um compasso político para convencer a sociedade e os poderes instituídos da necessidade de renovar a concessão da CEEE Distribuição. Estão em jogo o trabalho de mais de 4 mil pessoas e o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.”
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Marcelo João Valandro (ASTEC e SINTEC) |
Marcelo João Valandro (Associação
dos Técnicos da Corsan e Sintec):
“Precisamos estar com a sinergia necessária para garantir CEEE e Corsan
como empresas públicas. Para isso, vamos envolver as associações de classe,
entidades, sindicatos, centrais sindicais, associação de moradores, etc., para
mostrar o quanto é importante manter essas empresas e não darmos valor só
quando as perdemos, como aconteceu com a CRT.”